Já falamos aqui no blog sobre os materiais radiofármacos. Mas quais as diferenças entre materiais radiofármacos e materiais radioativos industriais?
O que são os materiais radiofármacos?
Radiofármacos são substâncias químicas que possuem algum radioisótopo, que é reconhecido pelo organismo como semelhante a alguma substância processada por algum órgão ou tecido.
São fontes radioativas não seladas, que são introduzidas no corpo do paciente por ingestão, inalação ou injeção.
O que são os materiais radioativos industriais?
Esses materiais são utilizados em equipamentos com aplicações industriais.
As fontes radioativas possuem blindagem para que não haja nenhum tipo de contato do trabalhador com a fonte e são monitoradas periodicamente para evitar contaminação do local ou do IOE (Indivíduo Ocupacionalmente Exposto).
Enquanto que, para a área médica, é preciso que o radiofármaco tenha o tempo de meia-vida (tempo que leva para emitir metade da sua radiação) curta para que fique o menor tempo possível no corpo do paciente, na indústria já é contrário.
O material precisa durar uma quantidade grande de tempo pra seja durável o suficiente, senão não haveria condição, por exemplo, de se adquirir um equipamento de medição de nível que precisasse ter a fonte radioativa trocada a cada um ou dois anos.
Exemplos de Materiais Radiofármacos e Materiais Radioativos Industriais
O Flúor-12 é um radiofármaco cuja a meia-vida é de 108 minutos, ou seja, em pouco menos de 2h ele perde metade da sua radiação.
Já o Césio-137, usado na indústria, possui a meia-vida de aproximadamente 30 anos, o que faz com que o equipamento utilizado para medir nível em uma planta e que o utilize como fonte radioativa, por exemplo, tenha uma expectativa de vida de pelo menos 30 ou 40 anos.
Por isso existem equipamentos fabricados há 40 anos que operam perfeitamente, sem problemas ou avarias!
A segunda característica é a questão da toxicidade química do material.
Quando se fala de um material que será utilizado em um equipamento industrial, não importa se ele é tóxico ou não para o organismo, já que não terá contato direto com alguém que for operar o equipamento.
Já o material que será injetado ou ingerido pelo paciente para exames ou tratamentos, não podem ser usados elementos tóxicos!
Entretanto, é importante sempre desmistificar a aura assustadora associada à radiação. Ela pode ser – e é – utilizada ao nosso favor, tanto na medicina quanto em indústrias, por possuírem maior precisão em processos.
Claro que os devidos cuidados devem ser tomados!
É importante saber que a radiação – e em especial a radiação ionizante – causa diversos efeitos biológicos às pessoas expostas a ela, dependendo da dose de exposição.
Se você quer evitar todos os efeitos da radiação ionizante no ambiente de trabalho precisa de um Serviço de Radioproteção bem preparado.
Se você é ou a sua equipe possui um IOE (Indivíduo Ocupacionalmente Exposto), estabelecer um Plano de Radioproteção detalhado e eficiente é mandatório!
Quando você trabalha em uma indústria que utiliza fontes radioativas em seus processos, é necessário que todos os profissionais expostos à radiação tenham a proteção adequada, de acordo com as normas da CNEN.
Também é possível contratar empresas especializadas para cuidar da sua proteção radiológica se, por algum motivo, for gerada muita dor de cabeça ao implementar um Serviço de Radioproteção por conta própria.
Não esqueça de assinar a nossa newsletter para ficar por dentro desse e de outros assuntos.
FONTES
- Mais de 10 anos de experiência em Segurança do Trabalho junto às maiores indústrias do Brasil.
- Mais de 3 mil horas executando serviços de Radioproteção.
- Mais de 200 clientes atendidos em todo país.
.