Hoje em dia, toda a questão da poluição ambiental está sendo o foco de discussões ao redor do mundo. Um dos pontos abordados é a poluição dos recursos hídricos, que consiste em uma alteração indesejável nas características da água, possibilitando, direta ou indiretamente, danos à saúde, à sobrevivência ou às atividades humanas e outras espécies ou ainda deteriorar materiais. A água de produção é um tipo de poluição hídrica!
A poluição dos recursos hídricos traz graves consequências para os seres humanos e para todos os outros seres vivos que dependem deles para sobreviver.
Mas o que é Água de Produção?
A água de produção, também conhecida como água de processo ou água produzida é o efluente gerado no processo de produção de petróleo e gás natural.
Os três principais poluentes presentes na água de produção são a graxa, o óleo e material radioativo do tipo TENORM.
Ela é encontrada tanto na indústria Offshore como na Onshore, mas é importante levar em consideração que cerca de 80% do petróleo nacional é produzido através de plataformas Offshore localizadas ao longo da costa brasileira.
A água de produção é um conjunto formado pela água de formação, água de condensação e água de dessalinização.
A água de formação corresponde à maior parte da água de produção e é a água do mar ou água doce que, há milhões de anos, foi represada em reservas geológicas formadas por rochas porosas sedimentares, entre camadas impermeáveis no interior da crosta terrestre.
A água de condensação é a água injetada nos processos de recuperação secundária. Já a água de dessalinização é a água utilizada para dessalinização do petróleo produzido.
Já a água de produção é um subproduto da produção de petróleo. Surge durante o processo de separação, onde é transformada em produtos comerciais.
Como gerenciar os riscos presentes na água de produção?
As empresas operadoras de plataformas devem realizar o monitoramento anual da água produzida a ser descartada no mar.
O objetivo é identificar a presença e concentração dos seguintes parâmetros:
- Compostos inorgânicos: As, Ba, Cd, Cr, Cu, Fe, Hg, Mn, Ni, Pb, V, Zn;
- Radioisótopos: Ra-226 e Ra-228;
- Compostos orgânicos: Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos – HPA, Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno e Xilenos – BTEX, Fenóis e avaliação de Hidrocarbonetos Totais de Petróleo – HTP;
- Toxicidade crônica da água produzida determinada através de método ecotoxicológico padronizado com organismos marinhos;
- Parâmetros complementares: Carbono Orgânico Total – COT, pH, Salinidade, Temperatura e Nitrogênio Amoniacal Total.
O tratamento da água de produção também é fundamental para gerenciar riscos, tanto de contaminação da sua equipe quanto do meio ambiente.
O volume de água de produção gerada no Offshore varia de acordo com as características e idade do campo. Os reservatórios mais maduros são aqueles que mais geram água de produção.
Em alguns casos, os volumes de água de produção gerados podem chegar a serem os maiores, dentre todos os resíduos gerados pela indústria petrolífera.
A demanda mundial de petróleo tem causado bastante dano ao meio ambiente. A água de produção é uma das principais causas da poluição hídrica.
Devido ao aumento crescente do volume de água de produção durante a vida produtiva de um ativo Offshore, o impacto ambiental pode ser gravíssimo.
Quanto mais um poço é explorado, menos na produção de óleo e/ou gás se tem. A consequência é o aumento da água de produção gerada.
Gerenciar a água de produção de um ativo Offshore é um grande desafio para o setor de Segurança do Trabalho.
As opções que geralmente são usadas para o seu destino são o descarte, injeção e o reuso. Porém, em todos os casos, é necessário tratamento da água de produção.
Assim, a água de produção só pode ser lançada direta ou indiretamente no mar quando estiver de acordo com as condições, padrões e exigências legais.
Esperamos que você tenha entendido um pouco mais sobre os perigos relacionados à Água de Produção na indústria Offshore.
É importante lembrar que a água de produção contém material radioativo TENORM, que pode gerar sérios problemas no meio ambiente de trabalho. A radiação ionizante acarreta diversos efeitos biológicos aos indivíduos expostos a ela de acordo com a dose e a forma de resposta. Por isso, a melhor forma de evitar os efeitos estocásticos e determinísticos da radiação ionizante no ambiente de trabalho é através de um Serviço de Radioproteção bem preparado.
Se sua equipe de Segurança do Trabalho tem IOEs (Indivíduos Ocupacionalmente Expostos) é necessário estabelecer um Plano de Radioproteção detalhado e eficiente para que todos os profissionais expostos à radiação tenham a proteção adequada de acordo com as normas da CNEN.
Também é possível contratar empresas especializadas em Radioproteção para preparar os profissionais sob sua responsabilidade para realizarem e serem aprovados no exame de certificação para supervisores de radioproteção.
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FONTES
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