Todo profissional de Segurança do Trabalho, ao lidar com transporte de cargas, deve ficar atento ao nível de periculosidade delas. A movimentação operacional de produtos perigosos deve ser feita de forma correta para que não ocorram acidentes!
A movimentação operacional de produtos perigosos é um tema pouco abordado, porém tem grande importância, não só nas estradas do país afora, como também na segurança operacional e dos trabalhadores da indústria como um todo!
E como funciona a Movimentação Operacional de Produtos Perigosos?
Hoje, no nosso país, existe uma legislação específica para a Movimentação Operacional de Produtos Perigosos – MOPP, a 5.232/2016 da ANTT.
Uma carga perigosa é qualquer tipo de carga que apresente risco, mesmo não contendo produtos perigosos. Como exemplos, temos caminhões de boiadeiros ou cargas muito altas.
Todo e qualquer transporte de carga deve ter em sua carroceria a identificação do tipo de agente nocivo, que seja de fácil identificação para os demais motoristas e para que, em qualquer evento, seja possível de identificar, pelos responsáveis pela prestação de socorro, o tipo de material estão que estão lidando e prestar o auxílio adequado.
O condutor tem diversas responsabilidades para cumprir, como, por exemplo, verificar se toda a documentação obrigatória está correta, conhecer toda a ficha de emergências e conferir os painéis de segurança e rótulos de riscos.
Ele também precisa, durante o transporte, verificar constantemente como está o estado dos veículos, cargas e equipamentos e avisar sobre qualquer tipo de irregularidade, obedecer o itinerário planejado.
Existem alguns passos para realizar o descarte de fontes radioativas de forma correta e um deles envolve providenciar transporte adequado desse rejeito.
O material precisa ser acondicionado de forma adequada e, em seguida, você precisa providenciar um transporte adequado, legalizado, licenciado e credenciado pela CNEN do material até o ponto final de destinação, incluindo toda a documentação obrigatória para o transporte.
Inclusive, um dos principais desafios e erros ao realizar o descarte de fontes radioativas é que existe a falta de capacidade de as empresas realizarem o transporte da fonte por conta própria.
Elas precisam ter um plano de transporte, aprovação da CNEN, precisam cumprir uma série de outras legislações relativas a movimentação operacional de produtos perigosos pelas rodovias, já que são rejeitos perigosos.
Como funciona a identificação dos produtos perigosos?
Cada tipo de produto tem uma sinalização específica na hora de identificação. São as seguintes:
Explosivos
Subclasse 1.1: Alto risco de explosão. A carga toda pode explodir.
- Subclasse 1.2: Não há risco de explosão total, mas produz estilhaços.
- Subclasse 1.3: Baixo risco de explosões grandes, mas produz fogo e grande quantidade de calor.
- Subclasse 1.4: Se houver fogo, raramente haverá explosão.
- Subclasse 1.5: Raramente explodem e dificilmente pegam fogo.
- Subclasse 1.6: Substâncias extremamente insensíveis.
Gases
- Subclasse 2.1:Gases Inflamáveis extremamente perigosos, o risco de explosão é grande. Ex: Gás de cozinha.
- Subclasse 2.2: Gases Comprimidos não tóxicos e não inflamáveis. Ex: Oxigênio, Hélio.
- Subclasse 2.3: Gases tóxicos por inalação. Ex: Amônia, Cloro.
Líquidos Inflamáveis
Sólidos Inflamáveis
Subclasse 4.1: Combustíveis sólidos, que pegam fogo facilmente. Ex: Enxofre, Magnésio.
- Subclasse 4.2: Substâncias passíveis de combustão espontânea: São produtos que incendeiam apenas de entrar em contato com o ar: Ex: Fósforo Branco.
- Subclasse 4.3: Substâncias que, em contato com o água, emitem gases inflamáveis. Ex: Carbeto de cálcio, Sódio metálico.
Substâncias Oxidantes
- Subclasse 5.1: Geralmente não são inflamáveis, mas quando em contato com combustíveis liberam oxigênio podendo queimar e liberar gases tóxicos. Ex: Cloratos, percloratos e persulfatos.
- Subclasse 5.2: Peróxidos Orgânicos: Provocam incêndios e explosões quando em contato com outros materiais. Os peróxidos são altamente nocivos a saúde. (Irritante a pele, olho e garganta).
Tóxicos e Infectantes
- Subclasse 6.1: São substâncias que, ao reagir, liberam vapores ou gases tóxicos que podem causar a morte ou sérios danos à saúde se forem inalados, ingeridos ou se entrarem em contato com a pele. Ex: Inseticidas, fungicidas, herbicidas etc.
- Subclasse 6.2: Contém micro-organismos capazes de produzir infecções e doenças. Geralmente são transportadas por pessoal altamente especializados, obedecendo as normas expedidas pelo MTE.
Radioativos, Corrosivos e Substâncias Perigosas Diversas
- Classe 7: Emitem espontaneamente radiações e partículas nucleares: Ex: Urânio, Cobalto e Césio.
- Classe 8: Tem a propriedade de reagir causando corrosão quando entra em contato com outras substâncias.
- Classe 9: Suas características e propriedades não se enquadram em nenhumas das categorias e classes anteriores.
Existem diversos cursos voltados para a Movimentação de Produtos Perigosos autorizados ao redor do país!
De acordo com o DETRAN de Minas Gerais:
“O curso especializado para transporte de produtos perigosos tem a finalidade de aperfeiçoar, instruir, qualificar e atualizar condutores, habilitando-os à condução de veículos de transporte de produtos perigosos. Com uma metodologia dinâmica e objetiva, o curso oferece aos condutores o acesso a um conteúdo educacional de alta qualidade, o debate de temas, reflexão e informações atuais sobre a legislação, segurança veicular e boas práticas no processo de transporte de produtos perigosos.”
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FONTES
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