Todos nós conseguimos nos identificar com o apelo de grandes projetos. Se você é um instrumentista industrial, sabe disso!
Oportunidades de crescimento profissional, visibilidade e aprendizado são marcos diante da empreitada que é encarar projetos de grandes proporções.
Mas nem só de grandes projetos vive um instrumentista e tampouco uma indústria se mantém somente de empreitadas colossais.
Apesar do startup de novas unidades operacionais ou de sistemas caríssimos possivelmente ser o que você e a maioria das pessoas acha mais emocionante e ser aquilo que mais atrai a atenção de uma equipe executiva, melhorias operacionais pequenas (miniautomações) podem trazer grandes benefícios.
É possível economizar enormes quantias de tempo e dinheiro na operação que você trabalha com pequenos projetos, miniautomações em procedimentos específicos da indústria fazem a diferença e podem transformar você em um…
De fato, para um instrumentista pode ser muito atrativo tocar um projeto de startup de um novo site de produção ou empreender na instalação de um novo sistema compreensivo.
No entanto, se você der uma boa olhada em torno de sua planta para encontrar todas as pequenas tarefas que poderiam ser automatizadas, você provavelmente chegará à conclusão que você pode originar excelentes retornos para sua operação com investimentos muito menos arriscados.
Temos um bom exemplo relacionado à medição de nível que demonstra como miniautomações realmente fazem a diferença.
Uma companhia bem estruturada e organizada com sua porcentagem de grandes projetos para trabalhar bem estabelecida recebe de seu Engenheiro Líder de Processos a informação de que um dos operadores está fazendo tarefas manuais ou repetitivas em excesso e sem produtividade efetiva alguma.
É a oportunidade para outra miniautomação. Hora de ser o herói da sua operação!
O instrumentista encontrou muitas oportunidades para automatizar pequenas tarefas na instalação. Ele divide essas possibilidades em duas categorias: pequenas tarefas repetitivas, chatas e tediosas que desperdiçam até 20 minutos de tempo de um operador; e pequenas tarefas manuais, rápidas, mas onde o operador deve abandonar suas principais atribuições para executar tal trabalho.
Para ficar mais claro, a operação que o instrumentista propôs automação envolve o Borbulhador.
Trata-se de um instrumento que mede o nível do tanque.
Seu funcionamento se dá pela detecção da pressão necessária para soprar o ar no líquido contido no tanque.
Esse procedimento transcorre muito bem até que um tubo fica entupido. O entupimento é recorrente. De uma a duas vezes por dia, a linha deve ser limpada com água e ar.
Até aí tudo bem. Mas acontece que o procedimento que vem em seguida não é tão simples.
Uma sequência de descargas é realizada, envolvendo a desativação de alarmes e o isolamento das linhas. São feitas uma descarga da água e uma descarga de ar para somente depois as linhas serem reconectadas e os alarmes da operação serem devidamente reativados.
Para o operador, este processo leva 26 manipulações, totalizando mais de 30 minutos, uma ou duas vezes por dia.
Se você for um instrumentador, engenheiro ou mesmo diretor executivo, tem todos os motivos para desejar eliminar esse tipo de atividade da sua rotina.
A introdução de um sistema eletrônico de medição de nível ao processo elimina a interação do operador, é ajustar e esquecer. O sistema implementado é capaz de regular todo a operação, evitando que as linhas sejam entupidas, e assim evitando paradas na planta, liberando os operadores para outras atividades e aumentando a produtividade da instalação substancialmente.
O profissional que está atento aos benefícios da automação industrial deve incentivar seus colegas a reproduzir esse tipos de miniautomação em suas próprias operações ou instalações.
Se você quer ser rentável para a empresa que você trabalha, é fundamental pensar fora de grandes projetos, pensar nas pequenas operações do dia a dia diz podem trazer grandes resultados.
Chegou a hora de você ser o Herói da Operação!
Comece a falar com cada um dos seus colegas de planta e entender o que cada um deles pode contribuir para melhorar suas respectivas atividades.
As melhores ideias costumam seguir o Princípio de Alavancagem, conceito que retiramos da Administração:
- Atividades que vão impactar um grande número de processos.
- Atividades que vão impactar um pequeno número de processos, porém durante muito tempo.
Ou, ambos, atividades que impactam um determinado número de processos por um bom tempo.
Parece difícil, entretanto é o mais comum e se trata do objetivo que você deve buscar na sua próxima proposta de melhorias para a instalação.
Fora isso, há outras boas oportunidades capazes de gerar grandes benefícios, como:
- Tarefas tediosas.
- Tarefas nas quais o operador precise responder rapidamente, mas possa não ser sempre capaz, por conta de outras responsabilidades acumuladas.
- Tarefas com um histórico de erros humanos.
- Etc.
Uma vez que você abre os olhos para todos os projetos da miniautomação que estavam na sua cara, as mudanças serão cada vez mais evidentes e necessárias.
As possibilidades são grandes e pode ter certeza, seus colegas e superiores passarão a procurar você para saber a melhor decisão a ser tomada.
Infelizmente um grande número de empresas simplesmente não está usando sua capacidade total.
Por isso, quem busca as melhores soluções para operações específicas, se torna um herói.
A maior vantagem dos pequenos projetos de implementação técnica e operacional é que não há grandes custos de maquinário associados a estas iniciativas, nada que necessite da mão de obra do pessoal de campo.
Esperamos contribuir para a melhoria da automação das indústrias que você e tantos outros colegas trabalham.
Sabemos como é o dia a dia de uma indústria de transformação. Contribuir para o desenvolvimento da atividade é muito importante.
Instrumentação e controle você encontra aqui.
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