Se você utiliza fontes radioativas, está considerando utilizá-las ou trabalha embarcado no offshore, saiba que precisa ficar atento aos cuidados fundamentais, como por exemplo o limite tolerável de exposição à radiação!
Mas o que é a Radiação?
Ela é a energia que viaja sob a forma de partículas de alta velocidade (radiação de partículas) ou ondas (radiação eletromagnética).
A primeira ocorre quando um átomo instável ou radioativo emite seu excesso de energia em forma de partículas, em busca de sua estabilidade. Já a segunda, por outro lado, não tem massa e corresponde ao rearranjo interno no núcleo deste átomo instável, que emite ondas eletromagnéticas que viajam no espaço transportando o excesso de energia descartado.
Elementos radioativos – e a radioatividade produzida por eles – existem no espaço sideral desde a origem do universo. Vários elementos radioativos fizeram parte da formação da Terra e estão aqui até hoje!
É uma evolução constante, com novos aprendizados e o desenvolvimento cada vez maior dos potenciais desses elementos, sem esquecer, claro, dos seus perigos e cuidados necessários!
Qual a diferença entre Contaminação e Irradiação quando há a exposição à radiação?
A contaminação é a presença de um material indesejável (radioativo ou não) em determinado local.
A irradiação é a exposição à radiação de um objeto ou de um corpo. É possível haver irradiação sem existir contaminação.
Um indivíduo pode sofrer irradiação total ou de parte de seus tecidos quando há a exposição à radiação, podendo ter resultados bastante diferenciados, se esta exposição ocorreu de uma única vez, de maneira fracionada ou se periodicamente.
Desta forma, podemos entender que a irradiação é dividida em três tipos: exposição única, exposição fracionada e exposição periódica.
As exposições únicas podem ocorrer em exames radiológicos, como por exemplo, um exame de Raio-X.
Nos tratamentos radioterápicos ocorrem exposições fracionadas.
Já as exposições periódicas acontecem em determinadas rotinas de trabalho com material radioativo em instalações nucleares ou em ambientes que tenham fontes de radiação natural.
Para uma mesma quantidade, os efeitos biológicos da radiação resultantes podem ser muito diferentes. Assim, se ao invés de fracionadas, as doses de irradiação aplicadas nos pacientes em tratamentos de câncer fossem dadas de uma única vez em cada um, a probabilidade de morte seria muito grande.
A exposição contínua ou periódica que o homem sofre da radiação cósmica, produz efeitos de difícil identificação. O mesmo não aconteceria se a dose acumulada em 50 anos fosse concentrada numa única vez.
O que é um IOE?
IOE é a sigla para Indivíduo Ocupacionalmente Exposto. A prática de um IOE diz respeito à exposição normal ou potencial do indivíduo a toda atividade humana que introduz fontes de exposição, vias de exposição adicionais ou estende a exposição a mais pessoas.
O IOE tem que, por obrigatoriedade, ser dosimetrado e receber um adicional de 30% que corresponde a taxa de periculosidade sobre o salário dele.
Qual é o limite de exposição à radiação de um IOE?
As doses particulares de um IOE e de indivíduos do público não devem exceder os limites anuais de doses estabelecidos pela CNEN:
Os fatores de peso para os vários tecidos ou órgãos usados para o cálculo da Dose Efetiva ou de Corpo Inteiro, estão recomendados nas publicações Nº 26 e 60 da International Commission on Radiological Protection (ICRP).
Os fatores da ICRP 60 são os estabelecidos na norma NN 3.01 – Diretrizes Básicas de Proteção Radiológica da CNEN, de 2011. Em condições de exposição rotineira, nenhum IOE pode receber, por ano, doses efetivas ou equivalentes superiores aos limites primários estabelecidos por essa norma.
Os valores dos limites variam com o tempo. Eles dependem do estado de desenvolvimento da prática de radioproteção no mundo ou num determinado país, dos limites de detecção dos equipamentos que medem as grandezas operacionais vinculadas às grandezas primárias estabelecidas em norma e das prioridades estabelecidas pelos grupos humanos em determinada época.
Os limites secundários são utilizados para irradiações externa e interna. No caso de irradiação externa, aplica-se o índice de dose equivalente de 20 mSv/ano, valor definido através de uma média aritmética obtida em 5 anos consecutivos. Para a irradiação interna, os limites são os anuais para a absorção de material radioativo via inalação ou ingestão, referidos ao Homem de Referência.
O Homem de Referência é alguém que serve de base para saber se o nível de radiação de um determinado grupo de pessoas, normalmente em razão ocupacional, está aumentando ou diminuindo em relação ao parâmetro estabelecido como referência.
As leis estão aí para serem seguidas à risca. Assim, você evita que acidentes de trabalho possam ocorrer, o que acarretaria em prejuízos humanos, materiais e ao meio ambiente.
É importante saber que a radiação – e em especial a radiação ionizante – causa diversos efeitos biológicos às pessoas expostas a ela, dependendo da dose de exposição.
Se você quer evitar todos os efeitos da radiação ionizante no ambiente de trabalho precisa de um Serviço de Radioproteção bem preparado.
Se você é ou a sua equipe possui um IOE (Indivíduo Ocupacionalmente Exposto), estabelecer um Plano de Radioproteção detalhado e eficiente é mandatório!
Quando você trabalha em uma indústria que utiliza fontes radioativas em seus processos, é necessário que todos os profissionais expostos à radiação tenham a proteção adequada, de acordo com as normas da CNEN.
Também é possível contratar empresas especializadas para cuidar da sua proteção radiológica se, por algum motivo, for gerada muita dor de cabeça ao implementar um Serviço de Radioproteção por conta própria.
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FONTES
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- NN 3.01 da CNEN.
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