A produção de cimento possui longos processos e diversas etapas, que se tornam desafios para a Medição de Nível. Buscando um controle dos processos, as indústrias podem evitar alarmes falsos e, principalmente, paradas não programadas, responsáveis por prejuízos financeiros gigantescos nas empresas.
Preparamos este material para você entender um pouco mais sobre a importância de uma Medição de Nível adequada.
Como funciona a Indústria de Cimento
A Indústria Cimentícia é importantíssima para a construção civil, sendo componente essencial para o desenvolvimento do concreto, usado para levantar prédios, pontes, passarelas, paredes e muito mais.
Diante do seu valor, esse nicho industrial é um dos mais importantes da economia brasileira, pois move muito dinheiro, gera alta empregabilidade, tornando, assim, a sua produção e armazenamentos ainda mais sérios.
Os 5 principais desafios da Medição de Nível
Incrustação: é aquela camada de produto acumulado que recobre os tanques de armazenamento e os medidores de nível, comprometendo a eficiência dos equipamentos.
Espuma: gerada em boa parte dos processos contínuos, também se torna um problema quando ela impede a medição precisa da grandeza pretendida.
Temperatura: quando o medidor de nível escolhido é composto por materiais que não são resistentes a altas temperaturas, a medição é comprometida. A escolha do material adequado é determinada principalmente pela temperatura e poder corrosivo do fluido.
Pó em suspensão: é a poeira que está em praticamente todas as indústrias, como a mineração, a siderurgia, o papel e celulose, a química, a petroquímica e, até mesmo, em portos (terminais de embarque de graneleiros).
Interfaces Complexas: são características físico-químicas diferentes dos produtos e o desafio dela é medir o nível de duas ou mais substâncias diferentes, tal qual ocorre na indústria petroquímica, por exemplo. São usados sistemas de separação para distinguir as interfaces em fases reaproveitáveis e/ou descartáveis.
Além dos desafios citados, as tecnologias existentes em instrumentação industrial para medição de nível ainda devem lidar com outras condições de processo bastante severas, como vibração, agitação, abrasão, viscosidade, choque mecânico, arraste, pressão e vácuo.
Para conseguir que o processo seja eficiente, é necessário que a medição de nível esteja calibrada e livre de interferências para que a produção transcorra perfeitamente. Todos esses desafios afetam negativamente a produtividade da planta ao gerar alarmes falsos, transbordamentos e até medições duvidosas.
A Medição de Nível na Indústria de Cimento
O processo de produção possui diversas etapas: extração de matéria-prima, armazenamento e ensacamento, que necessitam de medições precisas e confiáveis, para que pequenas intercorrências não se tornem enormes problemas.
Essas intercorrências devem ser chamadas de desafios, porque não se tratam de problemas, mas de eventos que ocorrem naturalmente nos processos e cabe à instrumentação “vencer” esse desafio.
O transporte de cimento através das calhas fluidizadas, por exemplo, é uma das etapas presentes no processo de produção da indústria do cimento e serve para alimentar silos de transferência e ensacadeiras de produto.
Os desafios da medição de nível nesta etapa, caso a escolha de um instrumento seja errada, são a incrustação de produto no instrumento e a forte vibração das calhas.
Conforme as calhas vão ficando cheias de produtos, a alimentação continuará sendo feita. O instrumento de medição apresenta falhas, o produto vai acumulando cada vez mais resíduos e acaba gerando um grande transtorno e dano aos equipamentos de etapas anteriores do processo.
Então, uma parada não programada precisa ser realizada para cuidar desses equipamentos e do instrumento de medição. E o que significa uma parada não programada?
Paradas de Planta
As paradas de planta, teoricamente, são eventos cíclicos em que as indústrias param sua produção de forma parcial ou total, para realizar atividades de manutenção. O planejamento e o controle das paradas devem ser realizados de forma particular e diferente das outras atividades rotineiras de manutenção, visando restaurar e/ou melhorar as condições dos equipamentos e instalações.
As paradas de planta em uma indústria podem ser de três tipos: Parada Programada Geral, Parada Programada Parcial e Parada Não Programada.
Parada Programada Geral:
As paradas programadas para manutenção dos equipamentos são peças fundamentais para que uma empresa consiga se manter competitiva quando o assunto é volume de produção, performance, custos operacionais e produtividade. Por esse motivo, através desse tipo de intervenção, são feitas manutenções preventivas, assim como corretivas, detectáveis etc.
Muitas empresas, infelizmente, não conseguem se organizar para manter uma rotina de manutenção programada, enxergando as paradas não programadas como algo comum.
Suas principais características são:
- 100% da produção é interrompida;
- Todos os equipamentos são disponibilizados para manutenção;
- Acontecem anualmente (geralmente aproveita-se o período das festas de fim de ano);
- São planejadas com maior antecedência.
Geralmente esse tipo de parada tem uma duração média de 15 a 20 dias e são realizados apenas os serviços que não podem ser executados durante a operação da fábrica. Seja por motivos de produção, segurança ou contingência.
Parada Programada Parcial:
As principais características são:
- Apenas parte da produção é interrompida;
- As datas das paradas estão atreladas a eventos da produção (a manutenção é realizada por oportunidade).
Também é comum realizar paradas programadas parciais entre um processo e outro, criando lacunas de produção.
Na produção de cimento, por exemplo, as etapas normalmente são:
Parada Não Programada:
As paradas de planta não programadas ocorrem quando é necessário, por algum motivo, que o processo de produção seja paralisado fora do cronograma normal e algum reparo ou manutenção fora do comum seja feito. Normalmente, essa parada ocorre por algum problema grave nos equipamentos, que compromete a produção ou até mesmo a segurança dos funcionários da indústria.
Apesar de todas as consequências negativas das Paradas Não Programadas nas indústrias, como pausa na produção, gastos de reparação e perda de estoque por dificuldade de armazenamento, as paradas de planta não programadas são consideradas “normais” por grande parte das indústrias.
Falhas humanas, aterramento e até mesmo a má qualidade e o mau funcionamento dos instrumentos de medição escolhidos podem ser considerados fatores que causam essas paradas, além de gerarem alarmes falsos, transbordamentos e imprecisões nas medições.
Esse tipo de parada e outras não conformidades podem ser evitados através da organização e implementação das paradas programadas, assim como a escolha de instrumentos corretos, de boa qualidade e medição de nível de excelência.
Conclusão
É fato que não existem instrumentos de medição que sejam universais e funcionem para todos os processos. É preciso que eles sejam analisados. Nesse momento, a escolha de fornecedores e fabricantes com experiência faz toda a diferença para que a solução ideal seja encontrada.
Para o exemplo do transporte de cimento através das calhas fluidizadas, uma boa aplicação de um instrumento de medição de nível seria uma Chave de Nível com a tecnologia RF Admitância, que não é afetada por incrustações e outras interferências, realizando uma medição precisa.
Para lidar com as fortes vibrações das calhas nessa etapa, o ideal seria a utilização de uma unidade eletrônica para a chave de nível totalmente encapsulada em resina de alta resistência e durabilidade. Assim, as vibrações não afetarão os componentes eletrônicos, deixando o instrumento com uma medição ainda mais precisa e bem longe das manutenções.
Com essa precisão na medição, alarmes falsos não serão gerados e, consequentemente, o número de paradas de planta será reduzido drasticamente!
A otimização de custos em função da produtividade está fazendo todas as indústrias de pequeno, médio e grande porte aderirem aos instrumentos que utilizam tecnologias de Automação e Instrumentação Industrial em seus equipamentos.
Se você gerencia ou trabalha em uma indústria de cimento, use a tecnologia a seu favor! É possível diminuir custos, otimizar resultados, evitar desperdícios e facilitar todas as etapas da produção ao investir em uma Instrumentação de qualidade.
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