Se você trabalha no ramo do Offshore, com certeza já deve ter ouvido sobre os materiais radioativos NORM/TENORM presentes no ambiente de trabalho.
E você também sabia que eles emitem um tipo de radiação conhecida como ionizante? Não? Continue lendo o post e descubra mais sobre a radiação ionizante!
O que é a radiação ionizante?
A radiação ionizante é a radiação que transfere energia suficiente para expulsar os elétrons de sua órbita, resultando na criação de íons. Esse tipo de radiação leva em consideração as partículas ou ondas eletromagnéticas emitidas pelo núcleo atômico durante o processo de reestruturação interna.
Antes de mais nada, é importante compreender que as radiações nucleares são o resultado das transformações do núcleo instável de um átomo na busca de estados de maior estabilidade.
Ou seja, tratam-se do produto da otimização de sua estrutura e dinâmica. Por conta da intensidade das forças atuantes dentro do núcleo atômico, as radiações nucleares são altamente energéticas.
A exposição à radiação ionizante oferece sérios riscos ao ser humano e ao meio ambiente.
Mas quais são estes riscos?
Sabe-se que a radiação ionizante pode produzir efeitos a nível celular, causando a morte ou modificação das células devido aos danos causados nas fitas de DNA em um cromossomo. Quando o número de células afetadas ou até mesmo mortas for grande o suficiente, a radiação poderá resultar na disfunção e morte do órgão.
Outra influência da radiação ionizante sobre o DNA são os danos que não causam a morte celular. Esses tipos de avarias podem, normalmente, ser reparados por inteiro. Mas caso isso não ocorra, a modificação resultante – conhecida como mutação celular –, causará reflexo nas divisões celulares subsequentes.
O resultado das mutações é o câncer. Se as células modificadas forem aquelas que transmitem a informação hereditária aos descendentes, desordens genéticas podem surgir.
Com base na observação de sua ocorrência, efeitos na saúde advindos da exposição à radiação são definidos aqui tanto como efeitos imediatos à saúde, quanto tardios. Geralmente, efeitos imediatos à saúde são evidentes através do diagnóstico de síndromes clinicamente verificadas nos indivíduos.
Já os efeitos tardios são verificados através de estudos epidemiológicos feitos pela observação do aumento da incidência da doença em uma população.
Efeitos da Radiação Ionizante no DNA
A radiação pode provocar, basicamente, dois tipos de danos ao corpo humano: um deles é a destruição das células com o calor; o outro é a ionização e fragmentação (divisão) das células.
O calor emitido pela radiação é tão forte que pode queimar bem mais do que a exposição prolongada ao sol. Portanto, um contato com partículas radioativas pode deixar a pele do indivíduo totalmente danificada, uma vez que as células não resistem ao calor emitido pela reação.
A ionização e fragmentação celular implicam em problemas de mutação genética durante a gestação de fetos, que nascem prematuramente, ou quando dentro do período de nove meses, nascem com graves problemas de má formação.
Quimicamente falando, seria assim: as partículas radioativas têm alta energia cinética, ou seja, se movimentam rapidamente. Quando tais partículas atingem as células dentro do corpo, elas provocam a ionização celular.
Células transformadas em íons podem remover elétrons, portanto, a ionização enfraquece as ligações. E o resultado? Células modificadas e, consequentemente, mutações genéticas.
Os efeitos radioinduzidos também podem receber denominações em função do valor da dose e forma de resposta. Assim, são classificados em estocásticos e determinísticos.
Os efeitos estocásticos são aqueles em que a probabilidade de ocorrência é proporcional à dose de radiação recebida, sem a existência de limiar. Isto significa que, mesmo doses pequenas, abaixo dos limites estabelecidos por normas e recomendações de radioproteção, podem induzir tais efeitos. Entre estes efeitos, destaca-se o câncer.
A probabilidade de ocorrência de um câncer provocado pela radiação depende do número de clones de células modificadas no tecido ou órgão, uma vez que depende da sobrevivência de pelo menos um deles para garantir a progressão.
O período de aparecimento (detecção) do câncer, após a exposição, pode chegar até 40 anos. No caso da leucemia, a frequência passa por um máximo de 5 a 7 anos, com período de latência de 2 anos.
Os efeitos determinísticos são causados por irradiação total ou localizada de um tecido, gerando um grau de morte celular não compensado pela reposição ou reparo, com prejuízos detectados no funcionamento do tecido ou órgão.
Estes são os órgãos mais vulneráveis à radiação ionizante:
Existe um limiar de dose, abaixo do qual a perda de células é insuficiente para prejudicar o tecido ou órgão de um modo detectável. Isto significa que os efeitos determinísticos são produzidos por doses elevadas, acima do limiar, onde a severidade ou gravidade do dano aumenta com a dose aplicada.
A probabilidade de efeito determinístico, assim definido, é considerada nula para valores de dose abaixo do limiar, e de 100%, para valores acima. Além da severidade, os efeitos determinísticos variam com a frequência em que um dado efeito, definido como condição patológica reconhecível, aumentando em função da dose, em uma população de indivíduos com diferentes susceptibilidades.
Você deve estar se perguntando como deve lidar com este tipo de radiação, certo?
No Offshore, a melhor forma de evitar os efeitos estocásticos e determinísticos da radiação ionizante no ambiente de trabalho é através de um Serviço de Radioproteção bem preparado.
Além disso, sempre monitorar e contratar empresas especializadas para limpar e descontaminar seu ativo Offshore, além de gerenciar todo o rejeito gerado, é essencial.
Estas empresas também podem contar com serviços de monitoramento de plataformas, em que realizam uma inspeção em toda a planta e, ao final, emite um laudo com todas as não conformidades identificadas e sugestões para eliminá-las.
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