Hoje em dia existem diversas formas de transportar materiais na indústria, como as rodovias, as ferrovias, os minerodutos etc. Mas entre todas essas, qual seria a mais eficiente? Existe uma forma melhor ou pior? Ou todas possuem as mesmas vantagens?
Confira neste post, os 5 principais tipos de transportes de materiais na indústria, suas vantagens e desvantagens.
Ferrovias
O transporte ferroviário é um dos mais antigos que existem. Ele é feito através de vias férreas e pode transportar, entre outros, pessoas e cargas.
A origem desse meio de transporte está ligada diretamente com a Revolução Industrial do fim do século XVIII e começo do século XIX.
A locomotiva revolucionou o jeito de transportar materiais e produtos, por ser capaz de carregar muitas toneladas de uma só vez. Inclusive, até o começo do século XX, o trem era o transporte mais rápido que existia.
O uso das ferrovias foi muito comum para transportar materiais na indústria, além de ser recomendado para transporte de cargas como minérios, produtos agrícolas, fertilizantes e etc. Porém, a sua utilização vem diminuindo cada vez mais.
Dentre os principais problemas do transporte ferroviário estão: a incapacidade de percorrer locais com o solo acidentado e o fato de não poder levar os produtos e materiais até os centros comerciais, uma vez que o trem percorre um caminho pré-definido, por conta dos trilhos.
Além disso, mesmo tendo a capacidade de transportar uma grande quantidade de cargas por longas distâncias, o transporte ferroviário gera um custo alto na construção e manutenção das ferrovias.
Por conta disso, o transporte rodoviário vem tomando o espaço do ferroviário.
Rodovias
O transporte rodoviário no Brasil foi – e ainda é – o meio responsável pela maior parte do transporte de cargas e pessoas pelo nosso imenso país.
A grande crítica à utilização das rodovias como meio de transporte é o fato de não serem recomendadas para países do tamanho do Brasil.
Em geral, as rodovias costumam ter um custo de manutenção mais elevado do que outros meios, como o ferroviário e o hidroviário, sem falar no gasto com combustíveis e veículos utilizados.
Além disso, a qualidade das rodovias no Brasil não é boa, e existem estradas que ainda não são pavimentadas, mesmo com a privatização de muitas rodovias pelo país.
O uso das rodovias para transportar materiais na indústria é recomendado para transporte de cargas como minérios, cargas vivas, fertilizantes, madeira, veículos e outros.
Hidrovias
O transporte hidroviário é o menos utilizado no Brasil, apesar do grande potencial do país nessa área. A nossa rede hidroviária é muito ampla e muitos rios são navegáveis, sem sequer precisar de obras de correção e instalação de equipamentos, por exemplo.
Uma justificativa utilizada para a baixa utilização é o fato de os rios mais próximos dos grandes centros precisarem das obras de correção citadas anteriormente, para que o transporte seja facilitado. Os rios facilmente navegáveis estão localizados em áreas afastadas.
Porém, após a criação do Mercosul, os investimentos públicos em hidrovias cresceram, apesar de ainda serem insuficientes. As principais hidrovias do Brasil são a Tietê-Paraná, a do Rio São Francisco e a do Amazonas.
As hidrovias são muito úteis para cargas muito pesadas e que precisam percorrer grandes distâncias. O transporte hidroviário é bem mais barato se comparado com os transportes rodoviário e ferroviário, em termos de custo, capacidade de carga e impacto ambiental.
Entretanto, a infraestrutura de portos que sejam capazes de receber cargas por hidrovias da mesma forma que navios petroleiros é insuficiente, e existem poucos portos pelo mundo que são capazes de realizar esse tipo de atividade.
Minerodutos
A estrutura do mineroduto é composta por um cano que transporta a polpa de minério, composta por 35% de água e 65% de sólidos, como o minério de ferro, por exemplo.
A polpa é bombeada por centenas de quilômetros até o processamento final. Além da água, os minerodutos também utilizam energia elétrica para o transporte da polpa.
O uso de minerodutos é avaliado como a opção menos poluente e mais barata do que outras alternativas para transportar materiais na indústria. Eles emitem menos poluentes, como dióxido de carbono e enxofre, gerando menos gastos para a mineradora e também a diminuição de impactos ambientais.
Porém, infelizmente, nem tudo é perfeito
A maior preocupação no uso desse sistema de transporte de minerais é o gasto de água necessário para realizar o processo.
A quantidade de água utilizada para bombear o minério pelo mineroduto, dependendo da distância, poderia abastecer grandes cidades, e essa informação não deve ser recebida de forma leviana.
As mineradoras justificam a aplicação dizendo que, com o uso de água não potável vinda de rios poluídos, por exemplo, o impacto para a população não seria grande. Outra opção seria o reaproveitamento da água usada no processo.
Outra desvantagem é o desmatamento e a terraplanagem de grandes áreas para a criação de minerodutos. A fauna e a agricultura dessas áreas poderiam ser afetadas de forma significativa.
Correias Transportadoras
Até agora falamos de transporte de cargas pelo país, mas e dentro das fábricas? É aí que entram as correias transportadoras, utilizadas para carregar produtos e matérias-primas de um ponto a outro.
Também conhecidas como esteiras ou tapetes, elas são acionadas de forma mecânica, criando um processo constante e intermitente. Estes sistemas padronizam a produção, aumentam a sua velocidade e reduzem custos.
As correias transportadoras são um exemplo de automatização dos processos e trazem economia e segurança de operação, garantindo a confiabilidade da sua produção.
Conclusão
As formas de transportar materiais na indústria são as mais diversas, passando por meios terrestre e fluvial.
Em um país do tamanho do Brasil, podemos notar que é preciso essa grande variedade de meios de transporte para que haja menos dependência das rodovias no transporte de mercadorias e pessoas.
Outro motivo para que haja essa variação nos tipos de transporte é que cada setor tem as suas necessidades. Mas é preciso ficar sempre de olho nos impactos ambientais e na segurança do trabalho.
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