Um instrumento de Medição de Nível não é nada sem a sua unidade eletrônica. Se você utiliza medidores de nível em seu processo, saiba que este componente precisa da sua atenção.
Continue lendo e saiba mais.
O que são e como funcionam as unidades eletrônicas dos instrumentos de Medição de Nível?
As unidades eletrônicas presentes em instrumentos de Medição de Nível têm o papel de interpretar, converter e transmitir as informações captadas durante a medição e enviar para o computador central que controla os processos. Elas possuem diferenças de acordo com o tipo de instrumento aplicado durante o processo.
Em Chaves de Nível com a tecnologia RF-Admitância, por exemplo, utiliza-se um terceiro terminal no elemento sensor da chave, que protege a unidade eletrônica de possíveis incrustações , pó em suspensão e espumas, onde em uma unidade eletrônica normal, poderiam facilmente ocasionar erro de medição.
Assim, a unidade eletrônica nem a chave serão afetadas por desafios da medição, como pó em suspensão em silos.
Quais são os principais desafios da Medição de Nível?
Durantes os processos industriais, algumas intercorrências afetam a confiabilidade da Medição de Nível, tornando-se verdadeiros desafios para a realização de uma medição confiável.
Estas intercorrências devem ser chamadas de desafios porque não se tratam de problemas por si só, mas de eventos que ocorrem naturalmente nos processos industriais e cabe à instrumentação “vencê-los”.
Os principais são: a espuma, a incrustação, o pó em suspensão, as interfaces complexas e a temperatura. Além destes, as tecnologias existentes em instrumentação industrial para medição de nível ainda devem lidar com outras condições de processo bastante severas, como: vibração, agitação, abrasão, viscosidade, choque mecânico, arraste, pressão e vácuo.
Para conseguir que o processo seja eficiente, é necessário que a Medição de Nível esteja calibrada e livre de interferências, para que a produção transcorra perfeitamente. Todos esses desafios afetam negativamente a produtividade da planta ao gerar alarmes falsos, transbordamentos e até medições duvidosas.
As unidades eletrônicas presentes em equipamentos radiométricos funcionam de forma diferente e conseguem lidar melhor com estes desafios.
Como funcionam as unidades eletrônicas de Instrumentos Radiométricos?
Elas funcionam diferentemente das unidades eletrônicas presentes em Instrumentos de Medição de Nível que não utilizam fontes radioativas, como a RF-Admitância, que citamos anteriormente e que ainda continua sendo uma boa solução para processos menos críticos.
Dentro da unidade eletrônica de um Instrumento de Medição de Nível Radiométrico, existem dois componentes essenciais para a medição: o Cristal de Cintilação e a Fotomultiplicadora. Eles podem ter diversos tamanhos, que afetam a sensibilidade da medição e o tempo de resposta gerado.
Quanto maior for o Cristal de Cintilação, mais sensível será a medição feita, pois ele pode “enxergar” um maior número de fótons, permitindo a realização de mais contagens para o processo. Ao realizar mais contagens, a passagem de informações para a Fotomultiplicadora melhora consideravelmente.
A Fotomultiplicadora é o equipamento feito para converter a radiação em elétrons, que são multiplicados em forma de sinal, enviado para o computador central que opera todo o processo.
Por que investir em Instrumentos Radiométricos mais modernos?
Os Instrumentos Radiométricos mais modernos e com as melhores unidades eletrônicas possuem o Cristal de Cintilação e a Fotomultiplicadora maiores, o que acaba gerando um tempo de resposta bem menor, uma vez que a sensibilidade é maior.
Como dissemos, quanto maior a sensibilidade, maior será a precisão da medição e menor será o tempo de resposta.
Além disso, a fonte radioativa fica menos tempo ativa para realizar a medição, garantindo que ela possua uma vida útil bem maior. Inclusive, é possível usá-la quando ocorrer o decaimento da sua meia-vida.
A tecnologia presente nos Instrumentos mais modernos garante precisão de medição extraordinariamente alta. É adequado para situações em que, antigamente, só poderiam receber aplicações de fontes com altas atividades.
Os equipamentos radiométricos mais modernos são ideais para tubos e reservatórios que possuam paredes mais espessas ou para reservatórios com grandes diâmetros. O volume de cintilação é bem maior do que o realizado em instrumentos antigos, resultando em uma sensibilidade de até 3 ou 4 vezes maior. Isso garante que a troca da fonte radioativa seja adiada por vários anos!
Então compensa investir em Instrumentos Radiométricos?
Se a aplicação em que deseja realizar a medição for crítica ,sim, o investimento é compensador.Vale lembrar que o investimento possui um custo elevado, porém o custo de uma medição não confiável pode ser muito maior.
Podemos definir uma medição crítica, aquelas realizadas em ambientes adversos que afetariam a maioria dos instrumentos convencionais.
Além disso, é verdade que você não pode simplesmente comprar um equipamento nuclear e começar a usar sem as precauções e documentos necessários para estar regularizado. Porém, o uso de Instrumentos Radiométricos tem qualidade e precisão extremas, mecanismos de altíssima segurança e alta durabilidade.
A vida útil da unidade eletrônica dos instrumentos radiométricos mais modernos é muito longa, evitando o gasto com manutenções desnecessárias e a troca de fonte.
Um ponto importante na hora de escolher o seu medidor nuclear, é escolher um fabricante que esteja ao seu lado e te dê suporte em todo o processo, desde a compra até depois da instalação do equipamento.
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