Quando há uma grande concentração de material NORM/TENORM em seu ativo Offshore, é necessário prosseguir para a realização da Descontaminação. Porém, ela não pode ser feita sem a elaboração de um Plano de Descontaminação.
Continue lendo e saiba o que é necessário para elaborar este plano da melhor forma possível!
O que é o material NORM/TENORM?
Estamos expostos ao NORM na maior parte do tempo e talvez você nem saiba a razão. NORM (Naturally Occurring Radioactive Materials) é todo o material de ocorrência natural, presente no solo, na água e praticamente todas as rochas do planeta contêm pequenas quantidades de materiais radioativos, como Urânio (U), Tório (Th), Rádio (Ra), Radioisótopos de Potássio (K), Chumbo (Pb), Polônio (Po) e outros.
Quando o NORM é manuseado, concentrado e tecnicamente modificado por processos como o de extração e recuperação, os níveis de exposição aumentam e o material se torna TENORM (Technologically Enhanced Naturally Occurring Radioactive Materials).
A principal diferença entre o NORM e o TENORM está nos níveis de radiação aos quais as pessoas são expostas. Entretanto, o TENORM possui maior potencial danoso para quem estiver exposto a ele.
Desta forma, é essencial realizar o monitoramento para que os níveis não extrapolem a dose anual de exposição recomendada para cada indivíduo. Se isto acontecer, é necessária uma intervenção para que a descontaminação ocorra.
Como elaborar um bom Plano de Descontaminação NORM/TENORM?
O Plano de Descontaminação NORM/TENORM precisa ser elaborado e apresentado para os órgãos responsáveis (IBAMA, CNEN, MTE). Em casos particulares como na descontaminação Onshore (em terra, feita em portos e estaleiros), o Plano também precisa contemplar requisitos de segurança e operacionais para garantir a proteção dos estaleiros.
O Plano de Descontaminação precisa:
- explicitar as características e dimensões da unidade a ser descontaminada;
- descrever se será uma parte específica ou a unidade toda será descontaminada;
- conter no Plano de Descontaminação NORM/TENORM como ela será feita (as etapas e a quantidade de frentes de trabalho);
- metodologia a ser utilizada (limpeza manual, química ou se serão utilizados maquinários para a circulação do agente químico);
- conter informações sobre o corte de partes de peças como tubos estreitos entupidos que precisam ser cortados para serem limpos por dentro, através da raspagem manual;
- o procedimento adotado;
- quem irá fazer a descontaminação, dimensionando a equipe, detalhando o nível de competência deles, o nível de escolaridade exigida, os tipos de treinamentos que devem ser feitos, principalmente cursos específicos caso a descontaminação seja feita no Offshore.
- a definição da destinação que será dada para os rejeitos gerados após o processo de descontaminação. O material ficará armazenado em isopores, pallets, ficará armazenado no porto ou na plataforma como destino inicial? Será enviado para que uma empresa terceirizada gerencie este material? Quanto tempo ele ficará armazenado nos depósitos iniciais ou intermediários? Quais os volumes de rejeitos estimados?
Enfim, com o Plano de Descontaminação NORM/TENORM elaborado, ele irá para as mãos dos órgãos reguladores para que seja aprovado, caso esteja atendendo às exigências ou precise de alguma modificação.
Lembrando que a NR-37 tem diversos tópicos, totalmente voltados para a Radioproteção e radiações ionizantes, que precisam ser seguidos de forma correta, de modo que acidentes e contaminações sejam evitados.
Se o rejeito radioativo não estiver armazenado como deve e em locais seguros (no depósito inicial, ou intermediário ou final), pode vazar e contaminar o solo (se estiver armazenado em terra firme), podendo atingir lençóis freáticos e contaminar a água de uma cidade inteira.
Você pode contar com empresas que disponibilizam o serviço de todo o gerenciamento e armazenamento de rejeitos radioativos NORM/TENORM, de forma segura e dentro das normas exigidas por órgãos regulamentadores.
Essas empresas também devem fornecer a logística necessária para o processo de gerenciamento de rejeitos, como o envasamento dos rejeitos, o transporte e mão de obra apropriada para realizar todo o serviço.
É essencial também estar em dia com as normas regulamentadoras para evitar não conformidades, multas e a interdição do ativo Offshore. Uma plataforma gera, a cada dia parada, um prejuízo de milhões de dólares por dia!
As leis estão aí para serem seguidas à risca. Assim, você evita que acidentes ocorram, o que acarretaria em prejuízos humanos, materiais e ao meio ambiente.
É importante saber que a radiação – e em especial a radiação ionizante – causa diversos efeitos biológicos às pessoas expostas a ela, dependendo da dose de exposição.
Se você quer evitar todos os efeitos da radiação ionizante no ambiente de trabalho, precisa de um Serviço de Radioproteção bem preparado. E se você é ou a sua equipe possui um IOE (Indivíduo Ocupacionalmente Exposto), estabelecer um Plano de Radioproteção detalhado e eficiente é mandatório!
Quando você trabalha em uma indústria que utiliza fontes radioativas em seus processos, é necessário que todos os profissionais expostos à radiação tenham a proteção adequada, de acordo com as normas da CNEN.
Também é possível contratar empresas especializadas para cuidar da sua proteção radiológica se, por algum motivo, for gerada muita dor de cabeça ao implementar um Serviço de Radioproteção por conta própria.
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FONTES
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- NR-37
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