Você, que acompanha o nosso blog, sabe que já falamos sobre o acidente nuclear com o Césio-137 em Goiânia e o acidente nuclear de Chernobyl na Ucrânia, certo? Nesse post, vamos falar de um mais recente, que aconteceu em 2011: o Acidente Nuclear de Fukushima, que ocorreu no Japão.
Como aconteceu o Acidente Nuclear de Fukushima?
O acidente ocorreu na Usina Nuclear de Fukushima Daiichi em Ōkuma, na província de Fukushima, em 2011. Ele foi iniciado, principalmente, pelo tsunami causado pelo terremoto de Tohoku, em 11 de março de 2011.
A instalação, operada pela Tokyo Electric and Power Company (TEPCO), era composta por seis reatores, construídos entre 1971 e 1979. Na época do acidente, apenas os reatores 1, 2 e 3 estavam operacionais e o reator 4 era usado para armazenar combustível já gasto.
Imediatamente após o terremoto, os reatores ativos desligaram, automaticamente, suas reações de fissão nuclear. No entanto, o tsunami desativou os geradores de emergência que forneciam energia para controlar e operar as bombas que serviam para o resfriamento dos reatores.
O resfriamento insuficiente levou a três colapsos nucleares, explosões causadas pelo hidrogênio presente no ar e a liberação de material radioativo nas Unidades 1, 2 e 3, de 12 a 15 de março de 2011.
A perda de resfriamento também levantou preocupações sobre as piscinas de combustível irradiado recentemente cheias do reator 4, mas ele não esquentou a ponto de causar mais danos.
Quais foram as consequências do Acidente Nuclear de Fukushima?
O Acidente Nuclear de Fukushima foi o mais significativo desde o que ocorreu na usina de Chernobyl, na Ucrânia, em 26 de abril de 1986, e o segundo acidente nuclear que recebeu a classificação de nível 7 na Escala Internacional de Acidentes Nucleares.
Oficialmente, nenhuma morte associada à radiação emitida no acidente foi registrada. Na ocasião, o United Nations Scientific Committee on the Effects of Atomic Radiation (UNSCEAR) e a Organização Mundial de Saúde descartaram a possibilidade de aumento de abortos espontâneos, natimortos ou distúrbios físicos e mentais em bebês nascidos após o acidente.
No entanto, acredita-se que cerca de 1.600 mortes tenham ocorrido, principalmente em idosos, que viviam em casas de repouso antes do acidente, devido às más condições de evacuação.
Em 5 de julho de 2012, a Fukushima Nuclear Accident Independent Investigation Commission (NAIIC) concluiu que as causas do acidente poderiam ser previstas, já que o Japão é uma área vulnerável a terremotos e possíveis tsunamis, e que a TEPCO não cumpriu os requisitos básicos de segurança, tais como avaliações de risco, preparação para conter danos colaterais e desenvolvimento de planos de evacuação.
Em 12 de outubro de 2012, a TEPCO admitiu pela primeira vez que não havia tomado as medidas necessárias por medo de ações judiciais ou protestos contra suas usinas nucleares.
A maioria da radiação – em torno de 80% – acabou sendo direcionada para o Oceano Pacífico. A radioatividade do desastre foi encontrada em algas marinhas e peixes na costa da Califórnia.
Em junho de 2011, a TEPCO declarou que a quantidade de água contaminada no complexo havia aumentado devido a fortes chuvas que ocorreram. Em 2014, a empresa informou que 37 kBq (1,0 microcurie) de Césio-134 e 93 kBq (2,5 microcuries) de Césio-137 foram detectados por litro de água subterrânea amostrada de um poço de monitoramento.
Partículas de poeira coletadas a 4 km dos reatores, em 2017, possuíam nódulos microscópicos de amostras de núcleo fundido envoltas em Césio. Após décadas de declínio exponencial do Césio no Oceano Pacífico – presença causada por testes de armas nucleares – isótopos radioativos de Césio no Mar do Japão aumentaram, após o Acidente Nuclear de Fukushima, de 1,5 mBq/L para cerca de 2,5 mBq/L e ainda estão aumentando em 2018, enquanto a presença do Césio fora da costa oeste do Japão diminuiu.
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